Como o exercício afecta a nossa memória

Então, recrutaram 26 homens e mulheres saudáveis entre os 55 e 85 anos, que não tinham problemas graves de memória e pediram-lhes para visitar duas vezes o laboratório de exercícios. Lá, eles descansaram tranquilamente ou andaram de bicicleta durante 30 minutos, um exercício que os cientistas esperavam que os estimulasse mas não os esgotasse.

Depois, os voluntários deitaram-se dentro de um scanner M.R.I. e viram nomes a piscar no ecrã de um computador. Alguns dos nomes eram famosos, como, por exemplo, Ringo Starr, enquanto outros foram retirados da lista telefônica local.

Nomes famosos são um elemento importante da memória semântica, e os voluntários foram solicitados a apertar uma tecla na tela quando reconheciam os nomes das celebridades, e uma tecla diferente quando o nome não era familiar. Enquanto isso, os pesquisadores acompanharam sua atividade cerebral sobre tudo, assim como nas porções envolvidas no processamento da memória semântica.

Os cientistas esperavam que as áreas necessárias para o trabalho de memória semântica fossem mais silenciosas após o exercício, assim como foram após semanas de trabalho, diz J. Carson Smith, professor associado de cinesiologia e diretor do Laboratório de Exercícios para Saúde Cerebral da Escola de Saúde Pública da Universidade de Maryland, que supervisionou o novo estudo.

Mas não foi isso que aconteceu. Em vez disso, as partes do cérebro mais envolvidas na memória semântica se tornaram muito mais activas depois de as pessoas terem exercitado do que quando descansaram.

No início, os investigadores ficaram surpreendidos e perplexos com os resultados, diz o Dr. Smith. Mas então eles começaram a supor que estavam observando o início de uma resposta de treinamento.

“Há uma analogia com o que acontece com os músculos”, diz o Dr. Smith.